quinta-feira, 19 de janeiro de 2012


E numa manhã ensolarada que tinha tudo pra dá certo Mary acorda, com os mesmos pensamentos na cabeça, os meus planos e, repassando os sonhos que teve ontem a  noite percebe que sonhou novamente  com Jack o grande amor de sua vida, sonhou que ele estava de volta, pois a onze meses estava no  sul Afeganistão em uma ONG como voluntário. Mesmo sabendo que era um pensamento egoísta esses pensamentos nunca saiam da cabeça de Mary "ah como eu queria que ele largasse tudo e voltasse pra cá" mas logo Mary caia em si e via que o que ela estava pensando nunca se tornaria real, não porque Jack não a amava, mas sim pelo grande amor que ele tinha a sua pátria. Quando Mary estava  lavando a louça de ontem após um delicioso jantar com a sua mãe, a campainha toca, Mary vai atender e quem está a porta é um homem vestido com uma daquelas fardas que ela bem conhecia, era uma farda muito parecida com a de Jack, então várias perguntas surgem em sua mente "será que Jack está de volta? será que meu sofrimento acabou?" mas todas essas perguntas são interrompidas com a fala do rapaz "Bom Dia, senhorita Mary Steveen ? " "Sim sou eu, o que deseja?" "Por gentileza me permita entrar pois o assunto é de extrema importância." Mary, muito assustada abre a porta sem falar nenhuma palavra, mas com  milhões de pensamentos. "Senhorita Mary Steveen, o que me trás aqui é sobre o Soldado Jack Evernem ..." "O que aconteceu com ele?? Onde ele está? " "Calma senhorita Steveen, é preciso manter a calma..." Depois de tentar se acalmar, o rapaz conta que Jack sofreu um acidente em uma mina no Afeganistão, e que teve que fazer uma cirurgia de emergência, após essa cirurgia, ficou alguns dias consciente e pediu para que ele escrevesse o que ele iria ditar, e "é pra isso que estou aqui Senhorita Steveen, para entregar a  última carta que o Soldado Jack Evernem fez..." Última?? Cadê Jack?" Falou Mary, já aos prantos. "Infelizmente Senhorita Steveen, ele não resistiu, aqui está a carta." Mary paralisou, nem percebeu que o outro soldado estava saindo, depois de alguns minutos tentando se recompor, conseguiu deitar na cama com a carta na mão, e começou a abri-la. A carta diz assim:
" Querida Mary, a quanto tem em?? Bom, nem tanto assim,você estava presente nos meus sonhos na noite passada,e foi um daqueles sonhos maravilhosos, aliás sonhar com você é a parte mais bela da minha rotina. Venho através desta carta Querida, dizer que tenho que partir, mas sabe porque aceitei isso? Porque sei que o Amor que tenho por ti, supera toda e qualquer distância, possível e impossível, pois o que o coração une a distância não separa. Descrever o grande sentimento que sinto por ti é inútil, pois é algo que nem  quem sente é capaz de explicar, mas saiba que vai muito além do céu, e muito além da quantidade das estrelas que você é capaz de contar, por isso, nunca duvide desse grande Amor. É, eu sei que essa carta não parece de despedida, porque para mim não é, e saiba que se você estiver por aí andando e sentir uma certa presença do seu lado. Isso vai ser eu, te amando, cuidando de ti, como sempre fiz, como um anjo, pois aonde quer que eu esteja meu coração sempre será seu. 
                                          Com Carinho e muito Amor, Jack Evernem." 
Mary, leu, releu, leu mais uma vez, e custou a acreditar no que havia acontecido ao seu grande Amor, então como não sabia o que fazer, ficou ali mesmo naquela cama, bem encolhida, lendo e relendo aquelas últimas e inesquecíveis palavras de seu Grande Amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário