Duas
da manhã. Ela ainda estava sem sono, também depois do dia movimentado que
tivera. Acordou pela manhã, e mais uma vez tinha sonhado com ele, não que isso
fosse ruim, mas, ela muitas vezes preferiria não ter despertado. Umas onze foi
pra escola, naquele busu que ela sempre tentava evitar por causa da
superlotação, chegando lá, tudo na mesma, o lado bom é que nada ficara pior.
Depois de assistir duas aulas interessantíssimas, voltou pra casa, e para sua alegria,
surgiu um convite para sair. E lá foi ela, colocou uma calça jeans, na qual se
sentia bem, colocou uma espécie de bata florida - a qual já recebera elogios, e
de quem realmente importava - e saiu, apesar das companhias agradáveis não
surgiu nenhum assunto do seu interesse. Voltando pra casa, aqui esta, na cama,
apenas com o pensamento em alguns anos atrás, quando do nada seu celular toca,
um toque o qual trazia maravilhosas lembranças “talking to the moon...♪♫" -
ela atende no terceiro toque e senti aquela respiração ofegante do outro lado,
nem diz “alô” pois sabe que será inútil, uma vez que ninguém liga as duas pra
falar, ela sabe de quem se tratava, apesar de a tela mostrar “anônimo”, era
esse telefone que ela sempre esperava antes de dormir, aquele telefonema que
ninguém falava, mas dizia tudo, do outro lado da linha tudo em silêncio, e como
sempre após trinta segundos certeiros, ele desligou. Parece sem noção né?! Mas
era através daquele telefonema que toda
noite ela embalava suas esperanças e sonhava os mais belos sonhos.